Festival

O Festival Materiais Diversos promove o encontro entre diferentes públicos e imaginários em torno das artes (dança, teatro, música e performance) e do pensamento, questionando a actualidade e promovendo a participação cultural como condição de cidadania. Nasceu em Minde, em 2009, alargou-se a Alcanena e ao Cartaxo (em 2013) e tornou-se um dos mais representativos projectos de programação fora dos grandes centros em Portugal, procurando pensar e agir desde os lugares onde se inscreve. Realizou-se anualmente até 2017 e passou a ser bienal a partir da sua décima edição, em 2019.

De 5 a 15 de outubro de 2023, o Festival Materiais Diversos vai estar em Alcanena e Minde com um programa de espetáculos de dança, teatro e música, instalações e conversas. Desacelerar e tornar visíveis as pessoas, os lugares e os processos são os motes da 12ª edição do festival.

2023
2021
2019
2017

Co-Produções
22 Abril 2019 – 20 Outubro 2019

Para uma Timeline a Haver

Ana Bigotte Vieira

Licenciada em História Moderna e Contemporânea (ISCTE), especializou-se em Cultura e Filosofia Contemporâneas (FCSH-UNL), e em Estudos de Teatro (UL). Entre 2009 e 2012 foi Visiting Scholar no Departamento de Performance Studies da New York University. A sua tese de Doutoramento NO ALEPH, para um olhar sobre o Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1984 e 1989 recebeu uma Menção Honrosa em História Contemporânea pela Fundação Mário Soares. Investigadora do IFILNOVA, integra o grupo Cultura, Poder e Identidades do Instituto de História Contemporânea e o grupo de Teoria e Estética das Artes Performativas Contemporâneas do Centro de Estudos de Teatro. É co-fundadora e curadora da plataforma baldio | Estudos de Performance, e dramaturgista em teatro e em dança tendo trabalhado com Romeu Costa, Marta Carreiras, Raquel Castro e Mariana Tengner Barros, Manuel Henriques, Romeu Costa, Miguel Castro Caldas, Bruno Bravo e Gonçalo Amorim. Recebeu um Dwigth Conquergood Award na Performance Studies international #17, Utrecht.

João dos Santos Martins

João dos Santos Martins nasceu em Santarém em 1989. Estudou dança e coreografia em várias instituições na Europa entre 2007 e 2011, incluindo a P.A.RT.S. e e.x.er.c.e. Trabalha como coreógrafo e bailarino desde 2008, articulando a sua prática em diversas colaborações expressas em peças como Le Sacre du Printemps (2013) com Min Kyoung Lee, Autointitulado, 2015, com Cyriaque Villemaux e Antropocenas, 2017, com Rita Natálio. João colaborou também em espetáculos do Teatro Praga, fez uma adaptação do solo Conquest (2011) de Deborah Hay produzido pela Fundação de Serralves, e dança em obras de Eszter Salamon, Xavier le Roy e Ana Rita Teodoro. Em 2017 organizou o ciclo Nova—Velha Dança em reflexão sobre a história recente da dança em Portugal onde, juntamente com a historiadora Ana Bigotte Vieira, desenvolveu uma Timeline para documentar colectivamente estas práticas. O seu trabalho foi apresentado em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Áustria, Suíça, Roménia, República da Coreia, Nova Zelândia, Moçambique, Chile, Brasil e Uruguai. A sua peça Projecto Continuado (2015) recebeu o prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para Coreografia em 2016.

Construindo uma cronologia para a dança em Portugal, PARA UMA TIMELINE A HAVER é um exercício colectivo de investigação e de sinalização de marcos relativos ao desenvolvimento e disseminação da dança como prática artística em Portugal nos séculos XX e XXI, com especial incidência na segunda metade do século XX.

Levado a cabo entre 2016 e 2017 e assumindo o presente como lugar de enunciação, propõe a construção singular de uma série de cronologias para a dança contemporânea em Portugal, relacionando eventos de matriz social, política, cultural, biográfica e artística – sugeridos como significativos por bailarinos, coreógrafos, críticos, técnicos, historiadores e espectadores.

Com este exercício, trata-se de sinalizar episódios que – influenciando autores, práticas e instituições – foram delineando a história da dança em Portugal, inserindo-os numa perspectiva alargada tanto das transformações pelas quais a sociedade portuguesa passou como do discurso sobre o coreográfico (e o que é ou pode ser a dança como prática artística), de modo a entrever tensões, momentos-chave e episódios emblemáticos.

Ana Bigotte Vieira e João dos Santos Martins

* Ao longo de 2019 será desenvolvida uma nova fase de pesquisa em residência na Escola Superior de Dança (Lisboa) que resultará numa nova instalação da Timeline.

Ficha técnica

Curadoria, investigação e edição Ana Bigotte Vieira, João dos Santos Martins Apoio à pesquisa Pedro Cerejo, Sílvia Pinto Coelho Contribuições: Alexandra Balona, Ana Cristina Vicente, Ana Mira, André e. Teodósio, António Cascais, António Laginha, Cristiana Rocha, Cristina Grande, Cristina Santos, Daniel Tércio, Duarte Bénard da Costa, Elisabete Paiva, Ezequiel Santos, Gil Mendo, Joclécio Azevedo, Luísa Roubaud, Magda Henriques, Margarida Bettencourt, Maria José Fazenda, Mariana Brandão, Mariana Pinto dos Santos, Mónica Guerreiro, Paula Caspão, Paula Garcia, Rita Natálio, Rogério Nuno Costa, Sílvia Pinto Coelho, Tiago Bartolomeu Costa Apoio Fundação Calouste Gulbenkian, Câmara Municipal de Santarém, Teatro Sá da Bandeira, Livraria Tigre de Papel Parceria: IHC Instituto de História Contemporânea, Centro de Estudos de Teatro Design Ana Schefer e Teo Furtado Projecto apoiado por DGArtes – Direcção Geral das Artes no contexto do ciclo NOVA-VELHA DANÇA
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