Festival

O Festival Materiais Diversos promove o encontro entre diferentes públicos e imaginários em torno das artes (dança, teatro, música e performance) e do pensamento, questionando a actualidade e promovendo a participação cultural como condição de cidadania. Nasceu em Minde, em 2009, alargou-se a Alcanena e ao Cartaxo (em 2013) e tornou-se um dos mais representativos projectos de programação fora dos grandes centros em Portugal, procurando pensar e agir desde os lugares onde se inscreve. Realizou-se anualmente até 2017 e passou a ser bienal a partir da sua décima edição, em 2019.

De 5 a 15 de outubro de 2023, o Festival Materiais Diversos vai estar em Alcanena e Minde com um programa de espetáculos de dança, teatro e música, instalações e conversas. Desacelerar e tornar visíveis as pessoas, os lugares e os processos são os motes da 12ª edição do festival.

2023
2021
2019
2017

Residências Artísticas
23 Julho 2021 – 1 Agosto 2021
Grand Studio

Está visto

João dos Santos Martins

João dos Santos Martins nasceu em Santarém em 1989. Estudou dança e coreografia em várias instituições na Europa entre 2007 e 2011, incluindo a P.A.RT.S. e e.x.er.c.e. Trabalha como coreógrafo e bailarino desde 2008, articulando a sua prática em diversas colaborações expressas em peças como Le Sacre du Printemps (2013) com Min Kyoung Lee, Autointitulado, 2015, com Cyriaque Villemaux e Antropocenas, 2017, com Rita Natálio. João colaborou também em espetáculos do Teatro Praga, fez uma adaptação do solo Conquest (2011) de Deborah Hay produzido pela Fundação de Serralves, e dança em obras de Eszter Salamon, Xavier le Roy e Ana Rita Teodoro. Em 2017 organizou o ciclo Nova—Velha Dança em reflexão sobre a história recente da dança em Portugal onde, juntamente com a historiadora Ana Bigotte Vieira, desenvolveu uma Timeline para documentar colectivamente estas práticas. O seu trabalho foi apresentado em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Áustria, Suíça, Roménia, República da Coreia, Nova Zelândia, Moçambique, Chile, Brasil e Uruguai. A sua peça Projecto Continuado (2015) recebeu o prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para Coreografia em 2016.

Imagem: João dos Santos Martins

Um bailarino que não sabia dançar, um cantor que não sabia cantar, um ator que não sabia atuar, um escritor que não sabia escrever, um pintor que não sabia pintar. Um bailarino que cantava, um escritor que pintava, um ator que escrevia. Era preciso saber-se fazer para saber-se ser. Enquanto as linhas ténues que separam o ser do fazer, o eu da acção, a coisa do sujeito, são confusas, há algo que permanece inapto e disfuncional. Um monstro que não cumpre a função.

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