Festival

O Festival Materiais Diversos promove o encontro entre diferentes públicos e imaginários em torno das artes (dança, teatro, música e performance) e do pensamento, questionando a actualidade e promovendo a participação cultural como condição de cidadania. Nasceu em Minde, em 2009, alargou-se a Alcanena e ao Cartaxo (em 2013) e tornou-se um dos mais representativos projectos de programação fora dos grandes centros em Portugal, procurando pensar e agir desde os lugares onde se inscreve. Realizou-se anualmente até 2017 e passou a ser bienal a partir da sua décima edição, em 2019.

De 5 a 15 de outubro de 2023, o Festival Materiais Diversos vai estar em Alcanena e Minde com um programa de espetáculos de dança, teatro e música, instalações e conversas. Desacelerar e tornar visíveis as pessoas, os lugares e os processos são os motes da 12ª edição do festival.

2023
2021
2019
2017

Filhos do Meio

Classe do Jaime

Susana Domingos Gaspar

Susana Domingos Gaspar (Torres Novas, 1980) Licenciou-se dança, ramo de espectáculo, na Escola Superior de Dança, e estudou coreografia no Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística e dança na comunidade no Fórum Dança. Pós-graduou-se em fasciaterapia/somatologia. Trabalhou com Né Barros, São Nunes, Madalena Vitorino, Ainhoa Vidal, Marina Nabais, Manuela Pedroso, Filipa Francisco, Costanza Givone, Vera Alvelos e Aldara Bizarro. Coreografou “Registo” (2005), “Enleio” (2006), “As árvore ligam os pássaros à terra” (2007), “Foi como se o chão a engolisse”, “O Rebusco das castanhas” (2009), “Morro onde me prendo” (2010), “Uma artista ao domicílio” (2013), “Ostinato Cantabile” (2015), “Lava”, “Ka” (2016), “Catalága” (2017) e Classe do Jaime. Colaborou com o Teatro de Montemuro e a Amarelo Silvestre, na área do teatro. Desenvolveu trabalho político, sindical e associativo. Estudou composição coreográfica com Cláudia Dias. Integra o Coletivo Yield (Itália-Portugal), o Movimento Democrático de Mulheres, a Mundo em Reboliço, a Associação de Defesa do Património de Torres Novas e o Paralelo 39. Recorda com grande carinho Francesca Lattuada e Emannuelle Huyhn. Desenvolve trabalho pedagógico desde 2002 e fez mediação cultural no Museu Municipal Carlos Reis, entre 2015 e 2018.

Luísa Baeta

Na região de Santarém, existe um sociolecto, criado com a função de proteger e estimular as trocas comerciais dos vendedores de mantas de Minde. No linguajar típico de Minde, não existe tradução para Dança. Mas para baile existem duas: O-do-Barreiro e Classe do Jaime.

Classe do Jaime é um trabalho de par, sobre as danças tradicionais da Serra D’Aire e Candeeiros. Fomos ao encontro de vários grupos de danças tradicionais, para uma prática continuada deste tipo de repertório, durante o processo.

Nos subterrâneos do nosso trabalho estiveram perguntas lançadas de um lado para o outro entre dança tradicional e dança contemporânea que arrastam para a composição temas como o género, o erotismo e o peso.

Este projecto também é sobre uma ideia de transmissão. Pensámos a forma como queríamos aprender e propusemos esse método aos grupos de dança.

Na eminência de voltar a deixar o meu concelho de origem, Classe do Jaime é o enxoval que queria fazer para mim e para ti. Um enxoval político. Penso no que quero levar e no que quero deixar.

Não há nada de bucólico aqui.

Susana Domingos Gaspar

Ficha técnica

Composição coreográfica e coreoturgia Susana Domingos Gaspar Composição musical Edgar Valente Bailadores Susana Domingos Gaspar e Edgar Valente Iluminação Bruno Santos Apoios Bolsa de Criação Filhos do Meio da Associação Cultural Materiais Diversos e Paralelo 39 – Associação Cultural de saberes e Artes Residências Convento do Carmo, Torres Novas; Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro; Auditório de Cem Soldos Agradecimentos O Corpo da Dança (Marta Tomé), Fácil Contacto (Saulo Antunes), Miguel Serra, Rancho Folclórico do Casal Sentista, Rancho Folclórico “Os Camponeses”de Riachos, Rancho Folclórico da Gouxaria, Rancho Folclórico Luz dos Candeeiros (Arrimal), Rancho do Covão do Coelho, Guilherme Correia
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